O Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem) e a Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), em parceria com a Microsoft, promoveram entre os dias 30 de abril e 2 de maio, na sede da empresa em Redmond, Washington (EUA), o evento EBC Brazilian Justice. A iniciativa reuniu trinta magistrados(as) e servidores(as) de diversas Escolas da Magistratura do Brasil com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre o uso da inteligência artificial generativa na transformação do sistema de Justiça.
Durante o encontro, os(as) visitantes conheceram soluções tecnológicas de ponta, participaram de workshops sobre inovação com Azure AI e aplicações práticas do Copilot no Judiciário, além de debaterem caminhos para o uso ético, seguro e eficiente da IA no setor público.
A programação incluiu visitas a centros de pesquisa da Microsoft, como o Digital Crimes Unit e o Centro de Inclusão e Acessibilidade, tendo sido reforçada a importância de aplicar soluções de Inteligência Artificial (IA) de forma transversal nas instituições públicas.
Nas apresentações, destacou-se como a adoção de IA pode automatizar tarefas repetitivas, liberar os(as) profissionais para atividades mais estratégicas e criativas, além de aumentar a eficiência, a precisão dos processos internos e a qualidade da tomada de decisão. Com o uso de ferramentas que analisam grandes volumes de dados em tempo real, os(as) gestores(as) podem obter insights valiosos que contribuem para um melhor desempenho institucional e um Retorno Significativo sobre o Investimento (ROI).
Um dos momentos de mais destaque do evento foi a apresentação do Projeto Hórus – uma iniciativa conjunta da USP, ESMAT e COPEDEM – voltado à integração da inteligência artificial nas rotinas judiciais. O projeto visa automatizar processos, aprimorar a gestão de dados e fortalecer a atuação jurisdicional com base em evidências. Ao articular inovação tecnológica com formação continuada, o Hórus posiciona-se como uma das ferramentas mais promissoras para a modernização da Justiça brasileira.
Para o desembargador Marco Villas Boas, presidente do Copedem e diretor geral da Esmat, a experiência internacional representa um esforço coletivo das escolas judiciais brasileiras em se manterem atualizadas diante das transformações tecnológicas globais.
“A inteligência artificial está mudando paradigmas e é essencial que a magistratura acompanhe essa evolução com responsabilidade e formação qualificada”, afirmou.